Ibovespa abre em alta, após decisões de juros no Brasil e EUA virem em linha com o esperado pelo mercado
Na véspera, o principal índice do mercado de ações brasileiro caiu 0,13%, aos 101.797 pontos. Ibovespa opera em queda nesta quarta-feira.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em alta nesta quinta-feira (4), com investidores repercutindo as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, ambas em linha com o que era esperado pelo mercado.
Às 10h05, o Ibovespa subia 0,82%, aos 102.630 pontos. Veja mais cotações.
No dia anterior, o índice caiu 0,13%, aos 101.797 pontos. Com o resultado, o Ibovespa passou a acumular:
Queda de 2,40% na semana e no mês;
Recuo de 7,12% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Na noite desta quarta-feira (4), o Copom do Banco Central do Brasil (BC) manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, mesmo patamar desde agosto do ano passado.
De acordo com André Meirelles, diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP, o comunicado dado pelo comitê também veio em linha com as expectativas dos analistas e investidores, sem dar “abertura para uma possível queda de juros na próxima reunião”.
“Lembrando que a expectativa do mercado é que o ciclo de queda de juros aconteça a partir do segundo semestre desse ano, caso as expectativas de inflação se acomodem”, pontua Meirelles.
Economistas do BTG Pactual destacam que o comunicado trouxe poucas alterações em relação ao que já vinha sendo dito, com exceção da última frase, “adicionando que, ‘apesar de menos provável’, o comitê não hesitará em subir juros caso o processo de desinflação não transcorra como o esperado”.
Atualmente, as projeções para a inflação em 2023 são de 6,1%, segundo a última edição do Boletim Focus, do BC. A meta inflacionária para este ano é de 3,25%, com margem que vai de 1,75% a 4,75%.
O Grupo Consultivo Macroeconômico da ANBIMA, porém, considera que as expectativas para uma inflação menor devem começar a aparecer no segundo semestre, acompanhando a provável desaceleração econômica trazida pelos juros altos.
Já no exterior, o Fed também fez o que era esperado pelo mercado e elevou seus juros em 0,25%, a um patamar entre 5,00% e 5,25% ao ano.
Segundo Meirelles, o que chamou a atenção dos investidores foi que o Fed retirou de seu comunicado o parágrafo que dizia que algum endurecimento adicional da política monetária poderia ser apropriado nos próximos meses, dando a entender que o ciclo de aumento de juros pode estar próximo do fim.
“Alguns fatores como os últimos dados de atividade mais fracos, a aparente tendência de estabilização nos preços e o aperto do crédito podem abrir espaço para estabilização dos juros nas próximas reuniões, apesar do mercado de trabalho ainda estar aquecido”, destaca o especialista.
Na zona do euro, o Banco Central Europeu também elevou, nesta quinta, as taxas de juros em 0,25%, a um patamar entre 3,25% e 4,00% ao ano. No comunicado, a instituição afirma que a elevação é uma tentativa de frear “a inflação muito alta por muito tempo”.
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Fonte: G1