R$ 62 mil a garrafa: vinho Petrus vem ao Brasil com importador exclusivo e preço de carro popular
No primeiro lote trazido pela World Wine, a prioridade será dada a clientes antigos do setor de restaurantes. São 48 garrafas da safra 2020 para estabelecimentos selecionados. O Petrus é um dos vinhos mais icônicos do mundo, feito de uvas merlot de Bordeaux, na França.
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O Petrus é um dos ícones da região de Bordeaux, na França. É o tipo de vinho que estaria bem-posicionado em qualquer lista que se faça dos rótulos mais desejados pelos entusiastas e aclamados pela crítica.
Isso porque cada garrafa tem tudo o que precisa para se tornar uma joia: uvas merlot da melhor qualidade, microclima perfeito para desenvolvimento das vinhas, produção escassa e rigorosíssima, finalizada com uma boa pitada de marketing que aguça a curiosidade de quem nunca o colocou em uma taça.
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Como tudo no mercado de luxo, a equação entre escassez e demanda joga o preço do Petrus nas estrelas — e aumenta um dos maiores riscos do mercado de vinhos de alta gama, que é a falsificação.
Em uma tentativa de suprir parte da demanda e dar segurança aos endinheirados brasileiros, um mercado que o Château Petrus aposta, o produtor francês fechou uma parceria de exclusividade de importação com a brasileira World Wine.
Segundo Juliana La Pastina, presidente da World Wine, a ideia partiu dos franceses. “Eles nos procuraram. Já tínhamos relacionamento com a família e temos um grande trabalho em Bordeaux. Há distribuidores oficiais no mundo todo, mas não imaginávamos que nos escolheriam”, diz.
Juliana La Pastina, presidente da World Wine
Ricardo Dangelo
A parceria começa com 48 garrafas de Petrus 2020, que serão distribuídas para restaurantes parceiros de longa data da importadora (o chamado “on-trade”). Além do relacionamento, puro e simples, o lugar precisa ter um público disposto a arcar com o preço.
O preço sugerido de varejo é de R$ 62,2 mil, valor muito próximo ao de um Fiat Mobi ou Renault Kwid zero quilômetro. Mas sacar a rolha de um Petrus pode sair mais caro, a depender da margem que o estabelecimento queira obter com a venda.
Um ponto importante que pode encarecer o produto final é o tempo. Parte da graça de tomar vinhos icônicos é que eles estejam mais maduros. Em outras palavras: vinhos como o Petrus são melhor apreciados depois de algumas décadas de sua safra.
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Com algum tempo, bons vinhos desenvolvem novos aromas e ficam mais sedosos no paladar. É algo que só o tempo faz, e traz características que deixam a experiência de beber um vinho mais interessante.
Assim, estocar o vinho por alguns anos é uma opção do restaurante que compra uma garrafa agora. Seja para servi-lo com alguma evolução, seja para ampliar a margem de lucro com a venda.
No momento, vamos priorizar esses clientes porque a alocação é pequena e estratégica. Mas também porque é justo prestigiar quem está com a gente.
A World Wine já confirma que mais 36 garrafas de Petrus 2021 devem chegar ao país no ano que vem. Mais 18 garrafas da safra 2022 estarão aqui até 2025. De safras mais antigas, a empresa terá pouquíssimos exemplares: 2011 e 2014, seis de cada.
Fonte: G1