A Justiça de Alagoas condenou, nesta quinta-feira, 9, Irami Ferreira dos Santos a 29 anos e quatro meses de prisão pela morte do pequeno Alonso Gabriel Rodrigues. O menino tinha apenas 5 anos e morreu afogado pelo então padrasto dentro de uma caixa d’água na própria casa, em junho do ano passado, em Lagoa da Canoa, no interior do estado.
A decisão do Conselho de Sentença de Feira Grande condenou o réu por homicídio qualificado por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima, afogamento e prevalência de relação doméstica e de coabitação. A decisão cita ainda que a mãe da criança precisou ir morar fora de Alagoas e passou a tomar remédios para poder dormir.
“É necessário considerar que o acusado cometeu delito com gravidade significativa – por motivo torpe, mediante afogamento e utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima, a qual possuía cinco anos de idade e teve a vida ceifada no próprio lar”, justificou o juiz Evaldo da Cunha Machado ao manter a prisão do réu, que está recluso desde o dia 2 de julho de 2022.
O caso – O menino Alonso Gabriel Rodrigues morreu no dia 25 de junho do ano passado, após ser encontrado sem vida dentro de uma caixa d’água de mil litros, na própria casa, na cidade Lagoa da Canoa. A primeira versão apresentada pelo padrasto era de que a família estava dormindo, quando a criança de apenas 5 anos se afogou. O corpo do menino foi levado ao Instituto Médico Legal de Arapiraca para passar por exames, mas dias depois o padrasto confessou o crime.
Irami Ferreira dos Santos confessou à Polícia Civil que assassinou o enteado porque o garoto “atrapalhava” o relacionamento dele com a mãe. Apesar da confissão, Irami não ficou preso no mesmo dia porque não houve flagrante e não havia mandado de prisão contra ele. A prisão ocorreu no dia seguinte.