O corpo da modelo alagoana Gleise Graciela Firmiano, 30 anos, morta a tiros nos Estados Unidos, em janeiro deste ano, chegou ao Brasil na manhã desta sexta-feira, 26, cerca de quatro meses depois da família ter conhecimento sobre o crime. Desde a notícia da morte da modelo, a família dela lutava para conseguir o traslado do corpo para o estado de origem, e enfrentava dificuldades pois não tinha como custear o procedimento, tendo pedido ajuda ao Itamaraty à época. Semanas depois, o Governo de Alagoas ofereceu ajuda financeira para o traslado, mas os parentes ainda esperaram mais seis semanas para a liberação do corpo.
Agora, do estado de São Paulo, o corpo deve ser encaminhado para Maceió, capital de Alagoas, e, posteriormente, levado para a cidade de Porto Real do Colégio, no Baixo São Francisco, onde vai acontecer o sepultamento da jovem na presença de familiares e amigos. “Fomos informados de que o corpo chegou hoje de manhã e que está numa funerária em São Paulo. Mas ainda não sabemos quando vai para Alagoas. Também não sei quando vai ser o sepultamento, só quando ele chegar”, disse ao TNH1 a irmã da modelo, Cleane Ferreira, que mora em Aracaju.
Nascida em Penedo, Gleise Graciela morava há aproximadamente oito anos nos Estados Unidos. Ela passou a infância em um povoado no município de Porto Real do Colégio antes de investir na carreira de modelo. Segundo a família, ela pretendia voltar ao país em breve. “Ela só me falou que estava namorando, que morava com ele. Ela me disse que queria voltar de vez para o Brasil agora em 2023, que queria morar aqui, montar duas agências de modelo, sendo uma no Rio de Janeiro e outra em Aracaju”, disse a irmã dela, Cleane Ferreira.
Relembre o caso – A versão dada à família é que a modelo foi morta por um policial ao ser vista armada, em uma rua, depois de uma discussão com o namorado. Gleice teria deixado, enfurecida, a residência onde vivia, o que teria preocupado o companheiro que acionou a polícia. Na abordagem policial, a alagoana teria feito um movimento com a mão como se fosse pegar a arma e a polícia teria reagido, o que resultou na morte da mulher.
Cleane Ferreira questionou a versão apresentada pelo namorado da modelo e por policiais norte-americanos. “A gente ficou sabendo que ela foi assassinada dia 30 de janeiro, mas que as autoridades americanas só entraram em contato com a família aqui no Brasil dez dias depois. É uma história que está muito complicada, muito difícil da gente entender. Porque dez dias depois é muito tempo para as autoridades tentarem localizar a família de uma pessoa que os próprios assassinaram. Tinham documentos com ela, o passaporte, eles tinham o nome completo, sabiam o estado de onde ela era”, afirmou à época.