Brasil e Paraguai fecham acordo, e tarifa de serviços de Itaipu é fixada US$ 16,71
Decisão foi tomada durante reunião extraordinária do Conselho de Itaipu. Comportas de vertedouro de Itaipu Binacional
Rubens Fraulini / Itaipu Binacional
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o diretor-geral da Itaipu Binancional, Enio Verri, afirmaram nesta segunda-feira (17) que a tarifa de serviços de eletricidade de Itaipu foi fixada em US$ 16,71 por quilowatt (kW).
A decisão foi tomada durante reunião extraordinária do Conselho de Itaipu em comum acordo com o governo paraguaio.
A tarifa de serviços é tecnicamente chamada de Custo Unitário dos Serviços de Eletricidade (Cuse), que é o principal componente da tarifa de repasse da usina – ou seja, da tarifa paga pelas distribuidoras de energia e repassada ao consumidor final.
Na prática, o valor definido nesta segunda representa uma baixa de 19,5% em relação ao que vinha sendo praticado em 2022, que era de US$ 20,75.
Segundo Verri, a redução representará uma queda de 1 ponto percentual na tarifa média de energia.
Hidrelétrica de Itaipu vai passar por processo de modernização com duração de 14 anos
Acordo
No fim governo Bolsonaro, o lado brasileiro fixou unilateralmente uma tarifa de serviços de eletricidade de US$ 12,67, porém, segundo Verri, o valor foi praticado por apenas algumas distribuidoras e não tinha acordo do governo paraguaio.
Os conselheiros paraguaios defendiam que a tarifa de serviço ficasse em torno de US$ 20 em 2023, valor similar ao que era praticado no ano passado.
Nesta segunda, o que houve foi que ambos os lados chegaram a um consenso e fixaram a tarifa de serviços em US$ 16,71.
Agora a Aneel deve voltar a definir o valor final da tarifa de repasse, que é a paga pelas distribuidoras.
Atualmente, a tarifa de repasse de Itaipu está fixada provisoriamente em US$ 16,19.
As distribuidoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste são obrigadas a comprar a energia gerada por Itaipu, num sistema de cotas. Por isso, o valor final da tarifa de Itaipu tem efeito na conta de luz dos consumidores dessas regiões.
Fonte: G1