Fotografia: as incríveis ganhadoras de concurso internacional de fotos de jardim
O Prêmio Internacional de Fotógrafo de Jardins anunciou os vencedores de sua décima sétima edição.
A fotógrafa britânica June Sharpe ficou em primeiro lugar graças a uma imagem abstrata intitulada “Birdscape” (paisagem de pássaros, em tradução livre).
“Os galhos em camadas desta conífera me lembrara os guindastes dançantes que costumam aparecer nas xilogravuras japonesas”, disse a artista que mora na Cantuária, no sudeste da Inglaterra.
Durante o tratamento da imagem, Sharpe aprimorou o que descreveu como “uma sensação de pássaros dançando em uma floresta de fantasia”.
Ao anunciar o veredito, o presidente do júri, Tyrone McGlinchey, declarou: “Quando julgamos imagens, esperamos que elas nos levem a uma viagem.”
E, no caso da imagem de Sharpe, afirmou que “nos leva a um lugar cheio de esperança e paz. É raro alguém poder se conectar com a natureza”.
No momento preciso
A também britânica Annaick Guitteny conquistou o primeiro lugar na categoria “Portfólios” com um conjunto de seis fotografias intituladas “Evanescent”. Cada uma das quais é um close de uma planta coberta de gotas de água.
“Adoro captar aqueles momentos fugazes de manhã cedo, quando essas pequenas joias efêmeras adornam as plantas e as iluminam”, explicou a premiada.
Por sua vez, a fotografia de Annie Green-Armytage intitulada “Autumn Sunset” (Pôr-do-sol de outono, em tradução livre), na qual se aprecia um pôr-do-sol em um jardim privado em Suffolk (a 153 quilómetros a noroeste de Londres) venceu a categoria de Belos Jardins.
“O pôr-do-sol foi o presente definitivo do nosso majestoso mundo natural, um momento de beleza que tive o privilégio de captar. Por um momento, até esqueci dos meus dedos frios e dormentes”, disse a fotógrafa.
Capturando a magia
A categoria “Espaços Relaxantes” foi vencida por Andrea Graham com uma fotografia tirada no Parque Nacional Eryri, no Norte de Gales, intitulada “The Lone Tree” (A árvore solitária, em tradução literal), que abre este texto.
Ao relatar o processo de captura da imagem, Graham disse: “Foi uma manhã verdadeiramente mágica, chegamos e encontramos a névoa atravessando o lago (Llyn Padarn) e tínhamos o lugar só para nós. Foi quase espiritual e incrivelmente pacífico.”
“À medida que a hora azul da madrugada avançava, fomos abençoados com esses lindos tons de rosa, antes que o sol finalmente nascesse sobre as montanhas e beijasse a famosa e solitária árvore”, acrescentou.
Já Leena Roy venceu a categoria “Plantas e Planeta”.
A fotógrafa foi ao Parque Nacional Bunaken, na ilha de Sulawesi (Indonésia), e fotografou um mangue subaquático.
“Os manguezais não funcionam apenas como bancos de carbono, mas também estabilizam a costa contra tempestades e erosão, além de serem um habitat vital para peixes, crustáceos e caçadores como as cobras marinhas”, contou a vencedora.
Sem sair de casa
Angi Wallace ficou em primeiro lugar na categoria “Beleza das Plantas” com a fotografia de uma flor tirada na mesa de sua sala de jantar.
“Minha câmera foi colocada em um minitripé (…) optei por focar e empilhar 43 imagens para aproveitar ao máximo a combinação de detalhes elevados do objeto com um fundo suave e onírico”, explicou.
Um cogumelo de um milímetro de altura foi o tema da fotografia que rendeu a Barry Webb o primeiro lugar na categoria “Mundo do Cogumelo”.
“Fiquei surpreso ao ver as incomuns formações de gelo em forma de cubo no corpo deste bolor limoso. Esta foto é composta por 87 imagens focadas agrupadas e empilhadas juntas”, explicou Webb.
Paciência recompensada
A categoria “Árvores e Florestas” foi vencida por Drew Buckley, que capturou uma cena enevoada no rio Brathay, cerca de 270 milhas ao norte de Londres.
“Os azuis frios da paisagem congelada contrastam com os tons quentes de laranja do sol da manhã, cobrindo as árvores com uma luz adorável”, explicou Buckley.
Albert Ceolan, por sua vez, conquistou o primeiro lugar na categoria “Paisagens e flores silvestres”.
“Capturei esse vasto prado de flores silvestres, que se estende até onde a vista alcança, através de um planalto do Alpe di Siusi, o maior prado alpino da Europa”, disse Ceolan.
A foto foi tirada no norte da Itália, na região do Tirol.
A fotografia de Fernando Avanka de um esquilo no Sri Lanka venceu a categoria “Vida Selvagem no Jardim”.
“Era uma tarde ligeiramente nublada quando vi vários esquilos se movendo na grama verde, brincando e comendo”, disse Avanka.
“Eu me posicionei em um local perfeito, esperando, e tive a sorte de fotografar esse indivíduo de aparência inteligente, apoiado nas patas traseiras, mordiscando uma semente de grama, pensando consigo mesmo: ‘isso é delicioso’. Finalmente capturei a foto que eu queria”, comentou Avanka.
Com esse reconhecimento, o fotógrafo engrossa a lista de prêmios que tem recebido nos últimos anos, entre os quais estão menções no Wildlife Photographer (Fotógrafo da Vida Silvestre) ou no Monochrome Awards.