Time forte: Os destaques do esporte olímpico do Brasil a caminho de Paris-2024

O ano de 2024 será marcado, no âmbito esportivo, pela Olimpíada de Paris, entre 26 de julho e 11 de agosto. Os próximos Jogos prometem modalidades inéditas, equidade entre participantes homens e mulheres e altas expectativas sobre os atletas do Time Brasil. A começar pela ginástica artística, xodó do momento. Em 2023, Rebeca Andrade foi…


O ano de 2024 será marcado, no âmbito esportivo, pela Olimpíada de Paris, entre 26 de julho e 11 de agosto. Os próximos Jogos prometem modalidades inéditas, equidade entre participantes homens e mulheres e altas expectativas sobre os atletas do Time Brasil.

COB/Divulgação

Rebeca Andrade: ouro no salto no Pan

A começar pela ginástica artística, xodó do momento. Em 2023, Rebeca Andrade foi eleita a melhor atleta do ano pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o destaque dos Jogos Pan-americanos pela PanAm Sports. Ela levou duas medalhas de ouro e duas de prata em Santiago, além de uma de ouro, três de prata e uma de bronze no Mundial da Bélgica.

Em comparação com Tóquio-2020, Rebeca comenta que chegará mais “madura e tranquila” a Paris. No Japão, ela foi prata no individual geral, tornando-se a primeira brasileira a subir ao pódio olímpico na modalidade, e ainda levou o ouro no salto — também foi a primeira do país a faturar duas medalhas numa só edição.

— Em janeiro, é faca nos dentes e sangue nos olhos. Não tem desculpa, cansaço ou dor. Farei o que precisar para que as coisas aconteçam. Vou chegar à Olimpíada para fazer meu melhor individualmente e como equipe, junto com as meninas, unidas e com nossa saúde mental e física no lugar — diz Rebeca. — Não me sinto pressionada a nada e quero deixar todos orgulhosos.

Façanhas
Ao longo da última temporada, o Brasil conquistou 20 medalhas em Mundiais (ou competições equivalentes) de dez modalidades, considerando as provas que estão no programa de Paris-2024. O COB leva em conta os dois torneios por categoria no skate realizados em 2023. Assim, a quantidade de ouros chegou a quatro, com sete pratas e nove bronzes.

Além de Rebeca, Filipe Toledo (surfe) e Bia Ferreira (boxe) foram campeões. Para chegar ao top 10 em Paris, o Brasil precisa de ao menos dez ouros, desempenho alcançado por Holanda, França, Alemanha e Itália na última edição. O país acabou em 12º no quadro de medalhas: sete ouros e 21 no total.

Rayssa Leal, que foi ouro e prata nos Mundiais de skate, é outra para acompanhar de perto. Vice em Tóquio, ela se manteve em alto nível e também venceu o Super Crown e o Pan no street.

Ainda entre as mulheres, a dupla Duda e Ana Patrícia, líder do ranking mundial no vôlei de praia, ganhou o ouro no Pan e no Circuito Brasileiro, foi prata no Campeonato Mundial de Tlaxcala e bronze no The Finals. Elas se juntaram após Tóquio e, em Paris, podem recolocar o Brasil no pódio — no Japão, o país não levou medalha pela primeira vez desde que a modalidade entrou no Programa Olímpico.

Nos ringues, o nome do Brasil é Bia Ferreira (60kg). Ela passou por 2023 invicta. Tornou-se bicampeã mundial e fechou o ano com o segundo título em Pans. E teve mais: também atleta no profissional, ganhou todas os combates que disputou até agora, dois deles em 2023.

Façanha, façanha mesmo é a de Marcus D’Almeida, número 1 do ranking mundial do tiro com arco recurvo e eleito o melhor atleta de 2023 pelo COB. Ele chegou à liderança do ranking em fevereiro e não deixou o posto. Neste ano, ganhou a Copa do Mundo, no México, e foi bronze (por equipes) e prata (dupla mista) no Pan.

—Para Paris, tenho de me manter atirando, competindo muito, treinando no exterior e sentido a pressão. Não tem o que inventar, é continuar — avalia Marcus, que programa treinamentos na Coreia do Sul e na Europa a partir de fevereiro. — O ano de 2023 foi muito importante para minha carreira. Há cinco anos, o tiro com arco não era nada, era arco e flecha. Estou no caminho certo. Tudo isso tem de me levar ao objetivo maior, que é o ouro olímpico.

No atletismo, é bom não perder Caio Bonfim e Alison dos Santos de vista. O primeiro, da marcha atlética, foi bronze no Mundial e prata no Pan, nos 20km. Em Santiago, também levou o bronze na maratona de revezamento misto, ao lado de Viviane Lyra. A prova é nova em âmbito mundial e será disputada em Paris-2024.

Já Piu, dos 400m com barreiras, teve ano de retomada após lesão. Não foi bem no Mundial e não disputou o Pan, mas é o dono da terceira melhor marca da prova do mundo (46s29).

Retomadas
Outros destaques não tiveram um ano brilhante, mas são candidatos a ouro em Paris. Isaquias Queiroz (canoagem) mudou de cidade e teve quatro meses de férias por motivos pessoais. Ficou sem medalha mundial pela primeira vez e foi prata no Pan. Mayra Aguiar (judô), que não disputou o Mundial pois se recuperava de lesão, venceu o Grand Slam de Tóquio, o Pan e foi bronze no Grand Slam de Abu Dhabi.

Já Ana Marcela (maratona aquática) se recuperou de cirurgia durante o primeiro semestre e mudou de técnico. No Mundial, foi quinta nos 10km, que é a distância olímpica. No Pan, conquistou a prata. Martine Grael e Kahena Kunze (vela), por sua vez, terminaram em 12º no Mundial, mas foram ao pódio em etapas da Copa do Mundo e no evento-teste, realizado no mesmo local dos Jogos. A vaga para Paris foi conquistada com a medalha de ouro no Pan.



Fonte: Alagoas 24 Horas

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