A Justiça de Alagoas condenou a 18 anos de prisão o réu Geneildo Damasceno Silva, de 37 anos, suspeito de estuprar a própria filha, uma criança de apenas 4 anos. O crime ocorreu em maio de 2023, no Sítio Cartucho, zona rural de Senador Rui Palmeira, no Sertão de Alagoas.
De acordo como a denúncia feita pelo Ministério Público de Alagoas, à época, o crime chocou a população sertaneja e as sequelas deixadas em A.L.S., exigem tratamento com equipe multidisciplinar. Segundo as investigações, a descoberta foi feita quando a criança, na escola, pediu a professora para ir ao banheiro e a mesma detectou um excessivo sangramento vaginal, levando-a a adotar algumas providências.
No dia em que a menina pediu para ir ao banheiro, ao perceber que sangrava, a professora fez perguntas. Adequando os questionamentos à sua faixa etária, foi perguntado se alguém teria mexido em seus órgãos genitais e A.L.S., teria dito “quem mexeu foi o papai, ele colocou o dedo”. A criança também disse que o pai costumava praticar sexo oral com ela.
Após a criança relatar, em sua inocência, à professora o que tinha ocorrido, de maneira fria e impressionante, Geneildo Damasceno, também conhecido como “binho”, foi preso e confessou o bárbaro crime. Ele teria dito, sem o menor constrangimento que, no dia do estupro, chegara em casa embriagado e teria abusado sexualmente da filha utilizando o dedo. Ele informou ainda que a menina dormia todas as noites com ele na cama.
No entanto, pelo tamanho da lesão nos órgãos genitais da criança e o coágulo encontrado desde o início não foi descartada a consumação do ato com a penetração.
Geneildo já teria cumprido pena e, recentemente, ganhado a liberdade. Enquanto esteve preso a menor A.L.S., havia ficado com a avó , no entanto ele teria recuperado a guarda. Ele morava com a mãe e a filha, aproveitando a oportunidade para dormir com a filha em sua cama e cometer os abusos.
“Infelizmente este tipo de crime tem se acentuado e o que mais indigna é que, em várias vezes, o autor é o próprio genitor como no caso tratado. É difícil entendermos essa prática de extrema violência partindo de quem gerou, quem deveria amar, educar a filha, acompanhar seu crescimento, promover momentos felizes e boas lembranças. Embasamos a denúncia com os depoimentos da vítima que, apesar de ser uma criança, com acompanhamento de profissionais conseguiu detalhar os abusos cometidos pelo pai. O juiz acatou nosso requerimento e a justiça foi feita, agora é cuidar para a menina ter o devido acompanhamento psicológico e conseguir crescer e superar todas as sequelas”, declara o promotor Fábio Nunes.