Arrecadação do governo tem tombo real pelo 3º mês seguido em agosto, e soma R$ 172,8 bilhões

Queda real da arrecadação foi de 4,1% no mês passado, informou a Secretaria da Receita Federal. Acumulado do ano também teve recuo na comparação com o mesmo período de 2022. A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais registrou queda real (após descontada a inflação) de 4,1% em agosto deste ano, para R$ 172,78 bilhões. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (21) pela Secretaria da Receita Federal.
Esse foi o terceiro mês seguido de queda real da arrecadação e o quarto recuo alternado em 2023. A comparação é feita sempre contra o mesmo mês do ano passado, considerada mais apropriada por especialistas.
Em junho, o recuo havia sido de 3,4% e, em julho, somou 4,2%. Antes disso, em março, a diminuição foi de 0,42%.
Arrecadação também cai na parcial do ano
Com a nova redução real em agosto desse ano, a arrecadação do governo também registrou queda no acumulado de 2023.
Até julho desse ano, a queda acumulada foi de 0,39%. Já na parcial dos oito primeiros meses deste ano, o recuo foi maior: de 0,83% contra o mesmo período de 2022.
De janeiro a agosto de 2023, foram arrecadados R$ 1,51 trilhão. Em valores corrigidos pelo IPCA, a arrecadação parcial de 2023 somou R$ 1,53 trilhão, contra R$ 1,54 trilhão no mesmo período de 2022.
Em busca do déficit zero
Os número foram divulgados em um momento de discussão pelo Congresso Nacional de medidas enviadas pelo governo federal, ou em fase de discussão interna, para tentar elevar as receitas no orçamento de 2024.
O objetivo é buscar um déficit zero para as contas públicas – promessa da equipe econômica que foi incluída na proposta de orçamento do próximo ano.
Entre as medidas anunciadas, estão as mudanças no Carf, a taxação de fundos exclusivos e o fim do regime de juros sobre capital próprio.
O governo já informou que precisará de R$ 168 bilhões a mais para fechar as contas em 2024, mas, se a arrecadação continuar caindo, a obtenção do equilíbrio nas contas em 2024 será mais difícil.

Fonte: G1

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