Onda de calor de 45ºC vai afetar Alagoas? Veja o que diz a meteorologia

O alerta de onda de calor excepcional para o país nos próximos dias, com expectativa de superação de valores médios históricos de temperatura máxima e com potencial de quebras de recordes para o mês de setembro, causou preocupação para a população. A previsão foi divulgada pela MetSul Meterorologia nesse domingo, 17. Mas mesmo diante do cenário de aquecimento atipicamente elevado em todas as regiões do Brasil, o alagoano não deve enfrentar esta massa de ar extremamente quente, com temperatura que pode chegar a mais de 40ºC.

Para o meteorologista Emanuel Teixeira, não há condição de a onda de calor afetar o estado, tanto pela distância da região central do país, área mais atingida, quanto por Alagoas estar situada numa região mais próxima da costa, onde tem influência de brisa proveniente do Litoral. “Aqui não tem condição, porque Alagoas é um estado litorâneo, recebe influência da brisa, e o Sertão também está bem distante da região que vai ser afetada. Essa onda de calor vai pegar o Sul da Bahia, o Norte de Minas, o Sul do Maranhão, do Piauí… Esses são os lugares mais próximos daqui. Mas está concentrada principalmente na região central, nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins…”, disse.

Ainda de acordo com Teixeira, a onda de calor deve durar de dois a três dias. “É uma variação da temperatura, principalmente quando chega uma alta pressão, que se instala, formada na parte central do país, e faz com que a temperatura aumente. Então a temperatura aumenta acima da sua média do dia. Vamos supor uma média de 30°C, para o mês, a temperatura pode ficar em torno de 32°C a 34ºC. Então fica assim. É uma sequência de dois ou três dias com temperatura acima da média climatológica. Aí se chama de onda de calor”.

De acordo com a MetSul Meteorologia, os estados em que o calor será muito intenso a extremo, com marcas perto ou acima de 40ºC, são: Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão.

Chuvas de setembro em Alagoas – Emanuel Teixeira também explicou que as chuvas em Alagoas no mês setembro, próximas ao início da primavera, ainda acontecem porque o Oceano Atlântico segue aquecido, no período do fenômeno “El Niño”. Com isso, há formação de nuvens carregadas que são trazidas pelos ventos para a costa do estado.

“Quando estamos com o fenômeno climático La Niña, é possível perceber que nessa época do ano já estaríamos sem a presença da chuva, com o tempo aberto. Mas agora o fenômeno é o El Niño, com o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, Equatorial, e isso faz com que mude os padrões de vento, faz com que a temperatura do Oceano Atlântico aumente, ficando bastante aquecida. Isso também está favorecendo à sequência de ciclones no Rio Grande do Sul”, afirmou.

“Então o Oceano Atlântico está bem aquecido e está jogando vapor d’água para a atmosfera. Então esse vapor d’água se transforma em nuvens e elas são trazidas pelos ventos. No momento continua aquecido”, acrescentou o meteorologista.

Tempo mais seco a partir de outubro – O tempo deve ficar mais estável a partir do próximo mês. Emanuel Teixeira reforçou que a predominância do vento de Leste para Nordeste deve provocar o período que mais se aproxima da estação do verão, com a diminuição de chuvas diárias.

“Quando chegar no mês de outubro é que as coisas devem mudar, porque o vento terá uma predominância de Leste para Nordeste, e não traz umidade. Mas no momento, o vento está oscilando de Leste a Sudeste, e por isso ainda há chuva. Então, por isso, setembro ainda deve registrar mais pancadas de chuva. Já a partir de outubro, o tempo deve ficar mais seco. O vento Nordeste, entre fim de outubro e começo de novembro, começa a pegar força. Normalmente, nesse período, o céu fica limpo, fica azul, sem nuvem”, salientou. 

Fonte: TNH1

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