Após os abalos sísmicos registrados em Arapiraca, no Agreste de Alagoas, a Defesa Civil investiga se rachaduras que surgiram em imóveis da região têm relação com os tremores. A Defesa Civil da cidade tem feito vistorias diárias e já foi acionada para avaliar fissuras em três imóveis do Residencial Vale da Perucaba.
“Estamos visitando, mas vale lembrar que esse residencial onde as casas apresentaram fissuras já tem um histórico antigo desse problema. Não sabemos ao certo, mas pode ser antigo, pode ser da parte construtiva. Uma das casas para onde fomos acionados já está interditada há 10 anos por conta de rachaduras”, disse Lindomar Ferreira, coordenador de Proteção e Defesa Civil de Arapiraca.
O coordenador ressalta que respostas mais concretas só serão possibilitadas a partir dos dados dos equipamentos de monitoramento do Serviço Geológico do Brasil, a CPRM, que, segundo ele, devem ser instalados na cidade ainda na primeira quinzena de setembro. “A princípio são fenômenos geológicos, mas informações precisas só após a instalação dos equipamento”, afirma.
Segundo o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), o tremor do último dia 25, foi classificado como de magnitude 2,1 na escala Richter. No dia do tremor, moradores dizem ter sentido o abalo sísmico em diversas regiões do Município. Veja o vídeo:
Já na terça-feira (29), moradores voltaram a sentir um abalo. O epicentro do tremor foi registrado em Telha-SE, a 56 quilômetros (linha reta) de Arapiraca, mas foi sentido na cidade alagoana. Segundo o Laboratório Sismológico (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o tremor chegou a 2.0 na escala richter e foi considerado leve.
Os equipamentos de monitoramento serão instalados próximo ao epicentro do tremor, às margens da AL-115, e a cada 15 dias será verificado se houve movimentação de solo.