Dólar opera instável nesta segunda-feira, com expectativa por indicadores da semana


Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,10%, vendida a R$ 4,8750. Na semana passada, acumulou perdas de 1,85%. Cédulas de dólar
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O dólar oscila entre altas e baixas nesta segunda-feira (28), com investidores em compasso de espera pela bateria de indicadores econômicos no Brasil e no exterior.
Às 9h55, a moeda norte-americana subia 0,14%, cotada a R$ 4,8816. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar encerrou o pregão com queda de 0,10%, cotada a R$ 4,8750. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
alta de 3,09% no mês;
quedas de 1,85% na semana e de 7,64% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
Na agenda doméstica, o boletim Focus, do Banco Central, mostra que os economistas do mercado financeiro aumentaram a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto em 2023 para 2,31%. A previsão anterior era de 2,29%. Para 2024, a projeção é de alta de 1,33%
Já a previsão de inflação em 2023 se manteve em 4,9%, depois de alta na última semana. A estimativa para 2024 aumentou de 3,86% para 3,87%. Em 2025 e 2026, o indicador permanece em 3,5%.
A expectativa da taxa básica de juros, a Selic, permaneceu em 11,75% para 2023. Já para 2024 a estimativa continua em 9% no ano.
Na semana, destaque para a divulgação do Produto Interno Bruto do 2º trimestre na sexta-feira. As estimativas de mercado são de leve alta, considerando o fim do efeito positivo do Agronegócio que surpreendeu no primeiro trimestre e sinais de desaceleração da economia.
Os Estados Unidos também divulgam resultados do PIB do 2º trimestre nesta semana, na quarta-feira. Também estão na lista de divulgações o deflator dos gastos do consumidor de julho na quinta-feira e resultados do mercado de trabalho de agosto na sexta-feira.
Na China, os mercados continuam preocupados com a piora da percepção sobre o setor imobiliário do país, que é o mais importante para a atividade da segunda maior economia do mundo.
As ações do grupo imobiliário chinês Evergrande desabaram quase 80% na bolsa de Hong Kong nesta segunda-feira (28), dia que marcou o retorno dos títulos ao mercado após uma suspensão de 17 meses.
A retomada das operações aconteceu depois que a empresa anunciou, na sexta-feira (25), que cumpriu as exigências da Bolsa, incluindo a publicação dos resultados financeiros e outras regras para permitir a cotação.
No domingo, a Evergrande anunciou prejuízo no primeiro semestre do ano de 33 bilhões de yuanes (US$ 4,53 bilhões), um resultado melhor que as perdas de 66,4 bilhões de yuanes nos primeiros seis meses de 2022. Mas os ativos disponíveis caíram de US$ 2 bilhões no ano passado para US$ 556 milhões, reflexo de sua liquidez cada vez menor.
As ações do grupo registraram queda de até 87% durante a sessão na bolsa, o que reduziu seu valor de mercado a menos de US$ 600 milhões de dólares — em 2017 o grupo era avaliado em US$ 50 bilhões. O título da Evergrande encerrou o dia em baixa de 79,4%
A Evergrande, que já foi a maior empresa do setor imobiliário da China, anunciou um default (suspensão de pagamentos) em 2021 e tem mais de US$ 300 bilhões em passivos, o que a transforma em um símbolo da crise imobiliária chinesa que muitos temem que possa ter consequências para a economia mundial.
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Fonte: G1

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