Ao menos 10 pessoas estão sendo procuradas pela polícia suspeitas de participarem do espancamento de um torcedor do CRB, nesta semana. A informação é da delegada Talita Aquino, durante entrevista coletiva sobre o caso, no final da manhã desta sexta-feira (04). Dois suspeitos já estão presos pelo espancamento, um deles é o presidente da torcida organizada Mancha Azul, conhecido como “Bebezão”.
“Alguns deles já foram identificados, mas continuamos o trabalho de investigação que está apenas começando. Vamos realizar mais diligências para que possamos punir todos os culpados”, afirmou a delegada, que rechaçou a conduta das torcidas organizadas alagoanas perante os seguidos episódios de violência.
“Era [as torcidas organizadas] para proporcionar diversão, lazer e engradecer o futebol e não fazer como estão fazendo. Na verdade, são verdadeiras organizações criminosas, pessoas que se unem com o propósito de cometer crimes”, acrescentou.
Sobre a investigação, a delegada informou que testemunhas serão ouvidas e imagens de câmeras de segurança da região serão analisadas. “Para que a gente possa delinear o crime, identificar quem de fato participou, os veículos envolvidos e esclarecer o crime”, disse.
O jovem espancado está internado no Hospital Geral do Estado e, até onde se sabe, o estado de saúde é considerado gravíssimo. Ele foi atingido por porretes de madeira com pregos fixados e perdeu massa encefálica.
Torcedor foi brutalmente agredido e está internado no HGE em estado grave. Foto: Reprodução |
“Aparentemente, ele foi espancado sem motivo definido, apenas por ser torcedor do time rival. Como autoridade policial, defendo que essas torcidas organizadas deveriam ser extintas, são só prejuízo para a população”, pontuou a delegada.
Ainda na coletiva, Talita Aquino frisou que atos de violência, a exemplo dos registrados envolvendo torcidas organizadas, não serão admitidos pela polícia. “Vamos combater com máxima celeridade e máxima eficácia, não vamos deixar de proteger a população”, alertou.
De acordo com Capitão Glauber, da Polícia Militar, as denúncias sobre a localização de “Bebezão” chegaram anonimamente via o Disque Denúncia 181. “Na hora da prisão ele não resistiu, e também não fez nenhum comentário, já imaginando a dimensão do que tinha acontecido. Ele estava com um ferimento no pé e foi conduzido à DHPP [Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa]”, disse o capitão.